-->

Imperatriz do Norte - A dor de ontem é a força do amanhã

Concentra-te nos PONTOS FORTES, Reconhece as FRAQUEZAS, Agarra as OPORTUNIDADES e Protege-te contra as AMEAÇAS. (Sun Tun - A Arte da Guerra)

Este Blog é oficializado pelo F.C. do Porto!!

Get Your Own! | View Slideshow
Força, força PORTO! Ctg em td a parte, EU TE AMO, ctg kero dar a volta ao Mundo, kero passar ctg td o ano, td o ano!!

Instituto Politécnico do Porto - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Musica 1 - O Sol Do Teu Olhar Musica 2 - O ISCAP é Bom
Aula de MARKETING com base no Philip Kotler
Daisypath Next Anniversary PicDaisypathNext Anniversary Ticker

sexta-feira, 10 de março de 2006

Lenda de Vila Nova de Gaia



Gaia, rainha das Astúrias (ou de Leão), mulher de D. Ramiro, aí pelo ano de 842, 850. Bela, de aparência frágil mas sedutora, Gaia era uma escrava dos caprichos do seu rei, que apenas via nela um objecto de prazer e diversão, não tendo nenhuma espécie de respeito pelos seus sentimentos e desejos. Gaia sonha com um grande e verdadeiro amor.Longe, na margem esquerda do Douro, num alcácer (castelo) perto da foz do rio (Lugar do Castelo), habita o rei mouro Abencalão Alboazar, devoto de Allah, exímio no manejo da cimitarra (espada). Aprecia a beleza, vive esteticamente o ambiente.D. Ramiro e Abencalão tinham negócios em comum. É sabida a excelência dos cavalos de raça árabe. D. Ramiro recebe então o mouro em Mier, para tratar de assuntos equestres.
Alboazar faz-se acompanhar da sua bela irmã, Zahara, e no palácio repara em Gaia. Fica impressionado com a sua beleza, e, num impulso incontido, Abencalão Alboazar colhe a rosa mais bela e fresca do jardim e oferece-a a Gaia.Ela pressente que é aquela a rosa dos seus sonhos.D. Ramiro por sua vez, não resiste aos encantos de Zahara e faz-lhe propostas amorosas, que ela rejeita. Então rapta-a e toma-a à força. Gaia toma conhecimento do acontecido e num impulso decide-se a seguir o mouro. Refugiam-se no Castelo.
D. Ramiro, de orgulho ferido, não aceitando que a sua mulher tenha fugido voluntariamente, decide-se então a organizar uma expedição para trazer a rainha de volta.Em três galés devidamente equipadas e tripuladas, o Rei asturiano, dirige-se à foz do Douro e aporta na Afurada.D. Ramiro aproxima-se sozinho do Castelo, disfarçado de romeiro (peregrino). Debaixo do burel (hábito) esconde a espada e o corno, que no momento oportuno servirá para chamar os seus aliados para tomarem de assalto o Castelo.
Perto do Castelo há uma fonte, onde uma bela odalisca vem encher a sua ânfora. D. Ramiro pergunta-lhe então quem é ela e quem são os moradores de tal Castelo.Com os seus lábios de cereja madura diz-lhe que se chama Ortiga e serve a nova senhora, a cristã Gaia, bem amada do seu senhor, o vigoroso e prudente Alboazar.Vai levar a água, mas apressa-se a buscar mais, pois lhe agradou a conversa e ali vai ficando junto da fonte.

D. Ramiro porém, tem pressa e, docemente, fá-la recolher ao castelo com a infusa cheia. Bem no fundo da bilha vai meio camafeu que discretamente o rei lá introduziu. Sabe que a Rainha tem a outra metade, pois que com ela o repartira outrora.
A donzela, contrariada, que lhe agrada o romeiro, vai-se para junto da ama.Esta, ao verter a água no lavatório vê, com surpresa, cair o que ela logo reconheceu.- Ortiga! Quem estava na fonte?- Ninguém, Senhora.- Mentes. Não negues, que alguém estava na fonte. Diz-me quem era e saberei recompensar-te.- Bem, Senhora. Encontrei um pobre doente que me pediu água e eu dei-lha.- Ortiga! Vai já procurá-lo e trá-lo à minha presença.- Eu vou, Senhora.
E foi. Contou ao fingido peregrino o desejo que a Rainha tinha de vê-lo. Claro que o Rei acompanhou a esbelta moça. Gaia reconheceu-o imediatamente.- Rei Ramiro, quem te trouxe aqui?- O teu amor, Gaia.- Pois vais morrer!O Rei fica, por momentos, estupefacto, mas logo se recompõe.- Pequena maravilha é, para ti, a minha morte, Gaia!
A Rainha manda-o recolher a uma sólida séjana (prisão). Ordena à serva que lhe negue qualquer alimento ou bebida. Ortiga, porém, às escondidas, faz-lhe chegar o que pode. Entretanto, chegou Abencalão que andara fora.
Moído de saudades, mal toca nos alimentos e logo procura a sua amada, na intimidade dos aposentos.Gaia acaba por denunciar a presença do rei Ramiro, e manda-o chamar à presença do Mouro.Abencalão, ao saber do intuito do rei de levar a sua mulher de volta, vê que só lhe resta uma solução, matar Ramiro. Disse então :- Obviamente, vieste morrer. Antes, porém, sinto curiosidade em saber que tipo de morte tu me darias, se me apanhasses em Mier. Qual era?Rei Ramiro, que estava cheio de fome, aproveitando o condicionalismo da situação, respondeu-lhe:- Dar-te-ia um bom capão assado, uma regueifa e um pichel de vinho fresco, obrigando-te a comer e a beber tudo. Em seguida, abriria todas as portas do castelo, chamava toda a minha gente para que presenciasse a tua morte. Depois fazer-te-ia subir ao cimo da muralha e tocar um corno, como este que aqui tenho, até rebentares.- Pois há-de ser essa a tua morte!

Bem alimentado, cheio de força, atroa os ares com o cornudo instrumento.D. Ordonho e os seus guerreiros, preparados para reagirem a tal sinal, avançam e, sem dificuldades, transpõem as portas das muralhas e invadem rapidamente a fortaleza.
O estupefacto Mouro morre degolado por espada anónima.O castelo é arrasado e os destroços são queimados.
O Rei dá protecção à simpática Ortiga. Gaia e as suas damas, recolhem aos barcos.A bordo de um deles, a Rainha observa, triste e chorosa, as chamas consumindo o que resta do castelo.
O Rei estranha o seu choro e pergunta-lhe- Porque miras? Porque choras?- Miro as ruínas daquele castelo, onde fui tão feliz. Choro a perda daquele bom mouro que mataste.A indignação do Rei é grande e não é menor a do seu filho Ordonho.
Animado de insensata fúria instiga o progenitor:- Pai, não levemos connosco o demo...O ultrajado marido, furibundo, saca da bainha o pesado montante e brada:- Mira, Gaia, mira, que miras a última vez!.A espada, num golpe tremendo, cai separando a cabeça, que tomba nas águas profundas. Com um pé, D. Ramiro empurra o corpo borda fora.

1 Comments:

  • At 13 março, 2006 14:09, Anonymous Anónimo said…

    Isso são coisas que se façam ao Mouro e à pobre Gaia?
    Teria sido muito melhor fazer, como se faz agora, uma troca de pares e acabava tudo na boa a beber umas bujecas.
    Realmente...!
    Gostei da historia ao principio ainda pensei em aceitar o papel de Mouro mas depois... Não há 'trepa' que valha a vida dum homem eheheheh!

     

Enviar um comentário

<< Home

 
adopt your own virtual pet!